Na
república Tcheca, as pessoas são bem simpáticas. Não fosse aquela língua louca,
seria muito mais legal. Mas, apesar do sotaque mega engraçado deles, dá para se
virar ,muito bem com o inglês por todo o leste europeu.
Claro
que é interessante aprender algumas palavras como, por favor, bom dia, boa
noite e obrigada. Além de ser legal aprender, é uma gentileza com os
anfitriões. Baixe as línguas que você vai precisar no Google tradutor, ele
funciona!
Após
a estadia em Cesky Krumlov, partiríamos para Praga, mas descobrimos uma
encantadora cidadezinha que era necessário conhecer: Kutná Hora. Hora quer
dizer montanha e está presente no nome de diversas cidadezinhas. A estrada
melhora bastante. O trecho de 182 km segue pela D3 (auto estrada) e passa por
Cesky Budejovice - a cidade onde nasceu a verdadeira Budweiser. Cesky também é
uma palavra bem recorrente nos nomes de cidades da RT. Haja criatividade! kkkk
Na
rodovia, uma vez comprada a Vinhete - que
deve ficar pregada no para-brisa, a viagem seguirá tranquila. O asfalto não é
perfeito como o da França, mas é muito bom. Além de tudo, não há pedágios (o
que nos salva de ficar contando aquele monte de coroas tchecas). Para
referência, R$ 1 equivalem a CZ$ 7.
O
panfleto de Kutná Hora que o Sylvio me apresentou não mostrava nem um
pouquinho do que realmente encontraríamos na pequena Kutná Hora. Localizada na
Boêmia Central, é conhecida como a cidade de prata ou como Tesouro Nacional.
Sua época de maior resplandecência foi durante os séculos XIII e XIV, graças à
exploração das minas de prata. E foi com essa riqueza que o Reino Tcheco
prosperou. Nem preciso contar da minha alegria, né? Além de pisar em um lugar de importância histórica, eu estava em mais um patrimônio mundial da UNESCO!
O
símbolo de Kutná hora é o templo de Santa Bárbara. Uma maravilha no estilo
gótico. Mas a história da cidade gira em torno do Vlašský dvůr, a residência de
reis e casa real da moeda. Lá foram cunhadas as primeiras GROSE – moedas reformadas
por experts italianos contratados por Venceslau II. Não tive tempo de conhecer,
mas no Vlasský Dvúr há uma exposição de cunhagem de moeda e o museu Odhalení
tajemné tváře, que mostra os subterrâneos sombrios do palácio.
Na
cidade são atrações o mosteiro cisterciense antigo, o templo de Assunção de Nossa Senhora, a igreja de São João Batista e
o ossuário da igreja cemiterial de Todos os Santos. (nem sonhando que eu
apareço por ali)
Contudo,
na minha opinião, bela mesmo é a catedral de Santa
Bárbara. Ela foi o verdadeiro motivo da minha vontade de ir até lá. O prédio é uma maravilhosa obra
arquitetônica. Nunca vi nada igual em termos de astral. Há uma coisa mágica por ali. sei lá...
Sou muito grata aos mestres construtores da era medieval. Eles deixaram o mundo mais bonito com essas verdadeiras joias. Eu amo igrejas. A atmosfera de paz e calmaria que tem dentro delas me faz muito bem. Com isso, afirmo que pouquíssimas igrejas me causaram o impacto que a catedral me causou. Foi surpreendente!
Sou muito grata aos mestres construtores da era medieval. Eles deixaram o mundo mais bonito com essas verdadeiras joias. Eu amo igrejas. A atmosfera de paz e calmaria que tem dentro delas me faz muito bem. Com isso, afirmo que pouquíssimas igrejas me causaram o impacto que a catedral me causou. Foi surpreendente!
À medida
que se chega perto para observar os detalhes da catedral (uma das mais famosas
do mundo), ela se torna ainda mais grandiosa. Foi uma visita que durou pouco,
mas a sensação que ela deixou foi especial. Geralmente, em volta de belezas
históricas, há aglomerações. Ali não. Aquilo é ímpar. A paz está no ar desde os
jardins que ficam atrás da igreja.
Como
sou uma apaixonada por magnetos, comprei o meu e, depois de uma centena de fotos,
continuei o caminho pelas redondezas. O pátio da catedral tem um calçadão
cujo muro possui diversas esculturas lindíssimas e homenagens aos tombados nas
guerras. Em frente a elas surge a simples e bela igreja de Sv. Jakuba (São Jaime).
O clima naquele dia
estava meio chatinho e uma chuvinha começou a cair por volta das 13h30. Para fugir
do frio e dos pingos, resolvemos comer em um restaurante bem na frente do
complexo da catedral - Kometa. Sabíamos que a comida não seria tão boa e o preço maior, afinal, estava na cara dos turistas. Mesmo assim arriscamos. A comida não era má. Comi uma sopa de cogumelos dentro do
pão. Aliás, esse prato típico, o Polevka v chlebu (sopa de cebola, batata ou
cogumelos, dentro de um enorme pão, vicia).
O preço de duas refeições bem servidas e 4 sucos de laranja: 405 coroas tchecas (CZK). Mais ou menos 58 reais. Muitooooooo barato, né?
O preço de duas refeições bem servidas e 4 sucos de laranja: 405 coroas tchecas (CZK). Mais ou menos 58 reais. Muitooooooo barato, né?
Depois
disso formos para o centro histórico onde os vestígios medievais estão
espalhados. Em destaque, a Capela de Corpus Christi (que estava fechada) a
Fonte de Pedra da Praça Principal (era o antigo reservatório e distribuidor de água da cidade. Nela há bicas e tanques onde as pessoas recolhiam água e também lavavam suas roupas (será? rsrs).
Eu
acho que se qualquer pessoa que tiver oportunidade deve ir até Kutná Hora. Se estiver em Praga, dá para fazer um bate e volta tranquilo. São apenas 84 km.
A cidadezinha, nascida por causa da mina de prata, é uma fofura e tem macarons baratíssimos. Hehehehe
A cidadezinha, nascida por causa da mina de prata, é uma fofura e tem macarons baratíssimos. Hehehehe
Dizem
que vale a pena conhecer as adegas familiares da região. No meu caso, vai ficar
para a próxima. Meu tempo estava corrido e ainda precisava chegar a Praga para
fazer o check in no hotel Residenze Bologna. Aliás, um ótimo hotel e com bons preços. Ele fica super bem localizado, dá para fazer tudo a pé (que é o que faço).
O
vinho local leva a marca BIO desde 2009. A trilha educativa do vinho o levará
da praça de Kutná hora até as vinhas perto de Sukov. O percurso mede 6
quilômetros e liga o centro histórico de Kutná Hora com as vinhas.
Uma
das maiores atrações da cidade, que eu disse la em cima que não vou nem pau, é
o Ossuário de Sedlec (Kostnice Sedlec). Não satisfeito em ser um depósito
de ossos, fica no Cemitério de Todos os Santos (Hřbitovní kostel Všech
Svatých). Coisa mais macabra visitar um local cuja decoração foi feita com mais
ou menos 70.000 esqueletos! Tô fora.
Mas
para quem gosta, os ossos enfeitam a tal capela de forma sinistra. Diz a lenda que
um dos abades da cidade viajou até Jerusalém e, na volta, jogou areia da Terra
Santa no local. Assim o cemitério se converteu no Campo Santo mais antigo da
Europa Central. Com isso, o interesse em ter uma sepultura e enterrar os familiares naquele cemitério cresceu. Depois da peste e das guerras dos hussitas, o local já reunia mais de
70 mil mortos. O0
Muitos
e muitos anos depois, o arquiteto Jan Blažej Santini Aichel construiu o ossuário
em estilo típico do gótico barroco. Mas o que chama atenção histórica foi o
fato de František Rint, um artista (maluco) ter criado peças decorativas como
candelabros, guirlandas e colunas de OSSOS. O que para mim significa alma
penada. Brrrrr =(
DICA
Se
você estiver em Praga sem carro, (bom saber que as diárias de estacionamento custam entre 18
e 40 Euros por dia) e quiser ir a Kutná Hora, pode comprar um
pacote pela internet (24 horas são suficientes). A empresa Red Umbrella e a FrePrague
Tours (www.walks.cz), podem ser uma boa. A Guia de Praga (www.guiadepraga.cz),
possui com guias que falam português. A viagem de trem custa entre 36 e 106 coroas
(CZK) e dura mais ou menos uma hora.
Não
esqueça uma coisa: no leste europeu faz frio e calor, sol e chuva tudo junto e misturado. Estejam precavidos!
Outra
coisa: Prepare o nariz. Como aquela gente fuma! Eca!
Boa
viagem!
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