Em cena

As cortinas já se fecharam, mas você insiste que o ato ainda pode entrar em cena.
Minhas risadas sem graça, meus olhos maquiados, meus braços e mãos gesticulando sem parar, persistem no drama que nem você e nem eu queremos viver.
Eu te peço por favor.
Você insiste, por favor. 
Meus olhos tristes se desmontam em uma cessão que só você não percebe ser demais.

Você.
Eu.
Você lá.
Eu cá.

Ainda bem que a terra é redonda e a gente pode nunca mais se encontrar.
Eu não quero mais seu mau-humor, seu temperamento, sua birra e seu dia a dia complicado.
Eu quero o meu dia a dia cheio de complicações. Mas apenas as complicações escolhidas a dedo.
Eu “quero a sorte de um amor tranquilo.” Ou de nenhum amor.
Eu não quero a sorte de enxergar cara-feia e mau-humor. Quero só a paz de uma vida tranquila. 
Pode ser uma vida sem glamour, sem vinho, sem queijo e sem beijo.
Que seja uma vida com risos, águas e macarrão.
Eu só quero a sorte de ser tranquila.
E já estou farta dos amores confusos que surgem vida a dentro. 
Estou farta de suplicar amor e receber migalhas.
Vá. Me vou. Deixe o meu corpo escravo em paz! 
Ele está cansado, roto e ferido. 
Precisando de paz..!!!

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