Nunca compreendi as horas mortas,
Nem aquelas em que o tom cinza dá as caras e desumaniza os minutos.
Nunca compreendi os olhos foscos,
As folhas secas,
Os seres maus.
Nunca entendi as ranhuras da armadura,
O pouco sentido dos estribos,
Nem as rédeas inapropriadas
Nos pescoços alheios.
Nunca compreendi as jóias,
Nem a prata, muito menos o ouro.
Meros metais que movem a vaidade humana,
Que instigam a morte, empobrecem a vida.
Nunca compreendi as palavras vazias,
Os ombros curvados,
As bocas tremidas,
Os ouvidos tapados.
Nunca compreenderei os instintos,
As indelicadezas,
As torturas ao corpo,
As mazelas da alma.
Nunca entenderei os sorrisos maliciosos,
A falta de compaixão,
A mentira sobre a paixão,
A nefasta saudade.
Nunca, nem hoje, nem ontem.
Muito menos amanhã...
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