Dos nossos segredos surgiram os degredos.
Das nossas palavras, antes tão alegres,
Nasceram silêncios infindáveis.
Dos olhos felizes pelo retorno,
Despontaram tristes paisagens.
Das luzes quentes fizeram-se as trevas.
Duras e impávidas.
Do dedilhar macio irrompeu o toque áspero.
Da amena temperatura surgiu um clima gélido.
Das curvas amenas emergiram grandes
E profundos abismos.
Do meu Eu tão sorridente brotou um ser amedrontado,
Duro, seco, sombrio e sôfrego.
Do mar de esperanças lindas e verdes
Sobreveio um deserto solitário e escaldante.
Da nossa existência colorida nasceu o
Monstro dos dias cinzentos e sem sol.
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