Dia desses meu pensamento viajou pelo passado.
Não sou dessas pessoas que se arrependem, que reveem ou fazem promessas de transformações.
Sou do tipo que quando acerta, aprende. Mas quando erra, reconhece e procura não repetir o mesmo caminho ou a mesma ação.
Passeando por alguns recônditos distantes percebi que muitas das pessoas que eu considerava e até gostava, ficaram para atrás. A maior parte das vezes, não por minha culpa, sim por vontade delas.
Eu até senti saudades de certos seres que um dia conheci. Mas nesta viagem, percebi que não mais as conheço e, pior, talvez nunca as tenha realmente conhecido.
Não sou do tipo que racionaliza seu modo de viver. Não vivo protelando em falar sobre uma impressão nem calculando passos.
Sou um ser com o coração ao pé da boca e muitas, muitas vezes precisei pedir desculpas pelas mágoas que causei sem necessidades.
Sem problemas! Não tenho vergonha de pedir perdão. Nem de voltar atrás de uma decisão afobada, muito menos de apagar memórias.
Revisando alguns rincões do meu passado concluí que a maior parte das pessoas e coisas que deixei para trás, mereceram ser deixadas. Muitas não acompanharam meus passos, nem cresceram os anos que envelheci.
Percebi que pessoas são como livros, uma vez lidas, se não gostarmos da história, de nada adiantará relê-las no futuro. A essência continuará igual, mesmo se tentarmos olhar por outro ângulo ou interpretar de maneira diferente.
Outro dia, minha percepção sobre o mundo mudou.
Se eu já sabia que águas passadas não voltam aos rios, agora tenho absoluta certeza.
Se eu já achava que não existem amizades verdadeiras, que singram a vida através dos mares de problemas que todos enfrentam, passei a crer que não existe mais nada além de interesses passageiros.
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