Uma das cidades que mais gostei de
conhecer foi Budapeste....
Ela é o centro econômico da Hungria e,
além de linda, é colorida, vibrante e cheia de surpresas.
Saímos de Praga para Budapeste debaixo
de uma chuvinha modorrenta. Aliás, o que não faltou na República Tcheca foi
chuva!
A estrada que liga Praga a Budapeste é a D1. No dia em que passamos, ela
estava com vários trechos em obras, mas a viagem até que fluiu bem.
Já
possuíamos a vinhete da RT. Ao chegar na Eslováquia, que a gente ia ficar por
30km, foi necessário comprar outra, que nos custou 12 Euros. Na mesma parada já
compramos também a vinhete da Hungria por mais 12 Euros. Os selos valem por 10
dias, no mínimo.
Não tenho fotos dos selinhos porque as vinhetes eram
eletrônicas... =(
Fiz duas coisas meio bizarras no meu
roteiro deste ano: escolher Bratislava como primeiro destino, pois para ir até
Cesky Krumlov tive que voltar até Viena. A segunda foi Budapeste depois de
Praga, tive que voltar a Bratislava. Um roteiro meio doido, mas tudo bem!
O certo seria ir de Viena para Cesky
Krumlov, Praga, Bratislava e Budapeste. Tudo bem, lição aprendida! Rsrsrsrs
Como todos sabem, sou completamente
apaixonada por história antiga e medieval, por isso sempre há castelos e museus
na minha programação. Cidades com muita História também! Adoro pisar e imaginar
tudo o que se passou em cada lugar!
Budapeste é dessas cidades com muito
passado. Reinos, lutas, glamour e construções magníficas povoam a literatura
húngara e claro, da sua capital.
Abre aspa:
A Hungria foi ocupada pelos Nazistas e
pelos Soviéticos. Houve
ainda, invasões turcas, austríacas, entre
outras. O país perdeu 2/3 de seu território e foi derrotado em TODAS as
guerras. Acho que seus estrategistas tinham azar de escolher o lado errado e
também de o país estar geograficamente localizado no meio do caminho de
potências em conflito, que fizeram de seu território praticamente um
“ringue de luta” =(
As lembranças desse período sombrio estão por todas as partes sim,
mas definitivamente os húngaros nos dão uma lição de superação. São pessoas gentis
e sorridentes. É um país que deve deixar muita gente com vontade de ficar
por lá. Eu não, a língua é meio estranha e faz muito frio no inverno. =)
Por não gostar do frio, escolhemos o
mês de junho para visitar o leste europeu. Já é alta estação, mas não está tudo
lotado e nem tão quente como Julho e Agosto. Ficamos em um flat, uma opção bem
em conta. E como alugamos com muita antecedência, ficou melhor ainda.
Ao chegar tivemos uma ótima surpresa: Ele estava quase em frente a
linda Sinagoga Dohány de Budapeste – a maior da Europa.
Além disso, o apartamento era equipado
com geladeira, fogão e muito, muito espaçoso. Havia máquina de lavar roupa, uma
mão na roda e deliciosa surpresa! Me poupou de perder uma manhã em alguma 5 a
sec...
Bem na frente do nosso flat havia uma
padaria francesa chamada À Table!
Oh, Glória! Um café da manhã com pão
fresquinho, café e suco de laranja, mais um croque Monsieur saiu por 4.300 FT
(14 Euros) ps. Não vale converter para real. “Quem converte, não se diverte”.
Uma vez comprados os Euros, melhor esquecer quantos reais você levou.
rsrssrsrrs
Nosso primeiro passeio foi o pelo rio Danúbio
– que não é azul, mas tem uma impressionante vista da cidade. Do barco você vê
as duas margens de um ângulo que à pé não daria para ver. Há um guia (gravado)
explicando o que você vê. O problema é apenas a língua, se você não fala
húngaro, nem alemão, nem inglês, esquece. Aproveite o passeio o leve um livro
com os pontos turísticos para não perder a explicação.
Ficamos meio em dúvida em ir no fim de
tarde ou na manhã seguinte, mas não nos arrependemos. O sol havia saído e nos
presenteou com um pôr do sol magnífico!
O tour não custa caro. Para o passeio
de dia, os adultos pagam 3.900 HUF (aprox. 15 EUR o 20 USD) e
Crianças de 10 a14 anos: 2.400 HUF (aprox. 9 EUR o 12 USD). Entre 0 e 10 anos não
pagam.
Passeio de noite:
Adultos: 5.500 HUF (aprox. 21 EUR o 28 USD)
Crianças entre 10 e 14 anos: 2.250 HUF
(aprox. 11 EUR o 14 USD)
Curiosidade
sobre o Danúbio:
O
rio nasce na Floresta Negra, na Alemanha, e possui quase 3 mil quilômetros. O
Danúbio passa por 10 países: Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia,
Romênia, Bulgária, Moldávia e Ucrânia, até desaguar no Mar Negro.
Ele
funciona como uma importante rota de navios e cruzeiros. Diariamente, as
embarcações sobem e descem transportando cargas e turistas. Se você curte
fazer Cruzeiros, vale a pena experimentar este. Se o frio não incomodar,
dezembro é uma ótima data. Diversas cidades possuem os mercados de natal,
onde se encontram deliciosas comidas e artesanatos.
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A
cidade partida em duas.
A história de Budapeste data do Século
1 a.C., quando um pequeno assentamento de celtas se alojou na região. Depois,
chegaram os romanos e construíram diversos anfiteatros, acampamentos militares
e casas espaçosas. Com o passar do tempo, formaram-se duas pequenas cidades,
uma em cada lado do Rio Danúbio: Buda e Peste.
No ano 900 d.C, os turcos dominaram a
região e fundaram o Reino da Hungria. Em 1241 o Castelo Real foi construído
fazendo de Buda a capital do reino.
No Século XIX, o Reino da Hungria obteve
um governo autônomo. E em 1873, Buda e Peste foram “unificadas” e Budapeste se
tornou a Capital da Hungria.
Eu preferi Peste. Um lugar alegre,
simples e bonito.
Buda, a dona do Castelo, é mais chique,
solene e tem um ar aristocrático.
O Castelo de Buda é muito bonito e
grande. Ele é o castelo histórico dos reis da Hungria e foi classificado pela
UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Localizado no alto de uma montanha, a 170
metros do chão, há a opção de subir de bondinho (7 euros). Mas eu subi a pé. É
uma caminhadinha gostosa por uma matinha. A vista lá de cima é espetacular!
Dentro dos muros do Castelo existem
diversas atrações, como museus, exposições, a biblioteca nacional, a igreja do
castelo, o Palácio Sándor, o teatro de dança húngara, mas paga-se para entrar
em cada um deles. Eu nem vi o preço, pois fiquei desanimada com tanta coisa para ver e, claro, para pagar... rsrsrsrs
Até 2011 havia um Labirinto, com mais
de 10 km de extensão, embaixo do território do castelo de Buda. Ele foi aberto
no início do Sec. XI pela erosão de rochas pelas águas termais. Ao longo dos
séculos, o labirinto serviu de esconderijos militares, abrigos em guerras e até
como adega!
Após a queda do regime comunista, ele
ficou aberto ao público durante 27 anos. Portanto, fiquem atentos a
falsificações de ingressos na hora de entrar no castelo!
Curiosos? http://www.labirintus.com/en/
Sugiro que se conheça Buda logo no
primeiro dia. Porque em Peste se gasta mais tempo.
E atenção para as Igrejas! Elas fecham
às 17h em ponto.
Pontos de interesse:
Budapeste possui três pontes sobre o
Danúnio. A mais histórica é a Ponte Széchenyi Lánchíd (Ponte das
Correntes) - uma ponte pênsil. Construída em 1849, ela foi bombardeada
durante a guerra e reconstruída em 1940.
Há, na margem direita do rio, do lado
peste – um pouco antes do Parlamento, um monumento, meio triste, mas
interessante. Vários sapatinhos de ferro foram forjados na calçada para
homenagear os judeus assassinados pelos nazistas.
Budapeste é a joia do Danúbio e
eu concordo com o título! Ela possui jardins maravilhosos. Há flores por todos
os lados, praças, ruas e pequenos jardins. Há muita infraestrutura na cidade. O
transporte é excelente. Mas não pegamos nenhum bonde para contar a história.
Acho que é caminhando que se conhece tudo! A pé você não perde os detalhes da
vida cotidiana do local.
Parlamento
É o maior (e mais bonito) edifício da
Hungria e o segundo maior Parlamento do mundo (só perde para o britânico). O
prédio possui 27 entradas e 700 salas. Você pode visitar o parlamento em um
tour guiado. As coroas reais ficam lá! Os ingressos custam cerca de 30 reais e
podem ser comprados na hora, na entrada X. Fiquei apaixonada pelo prédio...
Perto do Parlamento tem uma pracinha
com uma simpática pontezinha. Nela
está a estátua de Imer Nagy, um dos primeiros-ministros da Hungria.
Praça Szabadság Tér
Ali fica monumento que criou polêmica! A
princípio, a obra seria para comemorar a invasão alemã. A população não deixou
barato e começou a levar fotos, sapatos, recortes de jornais e outros pertences
das vítimas da invasão nazista para lá. De tanta crise, mudaram o nome do
monumento para homenagem às vítimas do Holocausto.
Há uma fonte que jorra água do chão. É
bem legal, porque quando você se aproxima, a água pára e você pode sair ou
entrar.
Avenida Andrassy
É a principal avenida da cidade, é
comparada com a famosa Champs Elysees de Paris, por ser rodeada por casas e
palácios, além de diversas lojas de grife. Nela, ficam importantes pontos
turísticos como a ópera de Budapeste, o Museu do Terror e ao final dela a
famosa Praça dos Heróis.
A maravilhosa Basílica de São Estevão
fica lá. Eu tive a sorte de ouvir um coral maravilhoso no interior da igreja. =)
Dizem que o
que define o Museu do terror é a palavra CHOCANTE. É um
dos museus históricos mais importantes do mundo. Ele se localiza no edifício sede
do partido fascista quando a Hungria era aliada da Alemanha, na Segunda Guerra
Mundial. Depois de perder quase 40% da população, Budapeste foi tomada pelos
soviéticos, que também usaram o prédio como sua sede.
O edifício é palco da opressão militar
durante décadas no país, muitas pessoas foram torturadas e mortas ali.
Eu tenho medo de alma e de energia
pesada, por isso me incluí fora desse programa!
Parque
Municipal
O Parque Municipal de Budapeste foi
construído para celebrar o primeiro milênio do país. Dentro dele, ficam importantes
construções e pontos turísticos da cidade: como a Terma Szechenyi, o Zoológico,
Jardim Botânico, o Castelo Vajdahunyad, entre outros.
Parques
de águas termais
Budapeste tem o maior sistema de águas
termais do mundo. Acredita-se que as águas possuem propriedades revigorantes e
curativas. As termas ficam em uns “clubes”, cheios de piscinas com diferentes
temperaturas, algumas com sais mineiras, hidromassagem e etc.
Além de terem diferentes tipos de
saunas e spas.
O maior e mais famoso local para se
banhar é a Terma Szechenyi. Dá pra passar uma tarde ou até um dia inteiro por
lá, pelas diversas atrações que a Terma reserva.
O ingresso para uma diária custa de
3000 a 4000 FT (entre 22,00 e 30,00 reais).
É bem baratinho, mas confesso que não
fiquei animada. Estava um calor medonho por lá e, cá entre nós, morro de nojo
de entrar em piscina. Ainda mais em um local público... Sei lá quem está se
banhando nas mesmas águas que eu! Tsc, tsc. =/
Mercado
Central de Budapeste
No final da Váci utca, com
uma das entradas pela via de acesso à Ponte da Liberdade, está o Nagy
Vasarcsarnok, principal mercado público da cidade. Ele fica em um edifício de
1897. As barracas do andar térreo vendem frutas, legumes, peixes entre outros
alimentos As cores e perfumes são incríveis.
Na parte de cima há um café e lojas que
vendem artesanato ou souvernirs. Comprei um jogo de taças de
cristal da Bohemia, todo decorado e lindo, por 40 Euros!
Endereço: Vámház körút 1-3.
Funcionamento: segunda-feira das 6h às
17h; de terça a sexta das 6h às 18h; sábados das 6h às 15h; Não abre aos
domingos.
Falando
em Gastronomia
Meninos! Por todo o Leste Europeu se
come muito bem! Em Budapeste, comemos em bons restaurantes.
Comemos em uma galeria, que de tão
cheia de restaurantes e bistrôs, fica difícil escolher onde sentar. Optamos por
um espanhol, o Vicky Barcelona Tapas. Fica na 1072 Budapest, Dob utca 16.
(Gozsdu udvar) Tomamos duas garrafas enormes de sangria, comemos 4 porções de
azeitonas (deliciosas), e dois pratos de queijos e frios. Tudo isso ficou por
16.115 FT (57,55 Euros)
O bistrô francês onde eu tomava café fica na Reték Utca, 26. http://www.atable.hu
Na esquina no hotel, literalmente em
frente à Sinagoga, tem o Solinfo Café, que também tem ótimos preços.
Um omelete, um facsart gyümölcslé (suco
de laranja), uma bundás kenyér sajttal (misto quente) e um faltwhitte (café com
leite) saíram por 2.400 FT.
A duas quadras do flat tem o Soul Food Budapest, fica na Csilaghegyi ÚT, 19.
É um local de comida Creole. apimentada pra ... Duas ótimas refeições ficaram por 15 Euros.
Por dois dias comprei alimentos no
supermercado para jantar no Flat. Salada, pão, queijo, iogurte, água com gás e
sem gás, presunto, coca-cola e vinho (claro). Em nenhuma das duas compras eu
gastei mais de 15 euros.
Uma curiosidade: lá você coloca sua
cesta de compras em cima do balcão, o atendente tira, passa o produto no caixa
e coloca em outra cesta. Você paga e sai para uma área à frente. Lá, você tira
da cesta e coloca as compras na sua sacola, bolsa ou sai com as coisas na mão
mesmo. =O
Outra comida apreciada (que eu não
comi) é o Flat Bread - Feito com uma massa leve que eles abrem e fritam no óleo quente por um
minuto. Depois deixam secando e cobrem com um molho de alho, sour cream e
queijo.
Outro pão bem conhecido na Hungria é
Vaslapon Sült. Feito de uma massa mais grossa e assada, com diversas opções de
recheio. Legal é que antes de fecharem o sanduíche, colocam-no numa chapa e o
amassam com aqueles ferros de passar roupa beeemmmm antigos.
Confesso: não dá para comer tudo o que
parece bom, a gente explode. E eu não tenho tanta fome assim! kkk
Uma dica útil: se você não gosta de
páprica, está ferrado(a). rrsrrsrssrsr
Se gosta, traga um saquinho, é muito
saborosa.
O idioma é malditamente difícil, mas eu
adorei falar koszonom, Jó Napot e Kérem. =*)
Boa viagem!!
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