Não que eu morresse de amor por ti.
Morria de amor por nós.
É que havia dentro de mim uma urgência,
Uma atração desmedida
Um imã entre as nossas peles.
Entre as nossas almas,
Entre a tua boca e o meu entrepernas.
Não que eu morresse de amor por ti,
Mas havia um insuportável sentimento de ausência.
Quando não estávamos em nós,
Esperávamos pelo minuto exato em que tua rigidez
Penetraria a minha delicadeza e
Me faria desistir de te resistir...
Não que eu morresse por ti,
Mas nossos instantes de amor eram sagrados,
Teus dedos passeavam por cada milímetro do meu corpo.
Enquanto tua boca sussurrava o quanto eu era linda,
O quanto lhe satisfazia,
Ao mesmo tempo em que eu te contava sobre
Tudo o que eras para mim.
Hoje há um vazio de nós.
E por mais que desejemos,
Nenhuma alegria se iguala à nossa.
Nenhum sexo é como nossos delírios.
Nenhum olhar é como nos víamos.
E, por mais que tua pele não esteja sobre a minha,
Teus braços não abracem meu corpo nu,
Que tanto amavas,
Sempre existirá o nosso ontem em nós...
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