O caminho me parece mais árduo e cansativo,
Serão assim todas as voltas?
Recomeço minha trilha,
Minha labuta,
Minha busca.
Serão trabalhosos todos os inícios?
Encontro as mesmas pedras antes removidas,
Os mesmos buracos no meio da estrada,
Os abismos tapados e, tristemente, não cimentados
Voltaram aos seus lugares.
Toda ferida se abre?
Não houve tempo de solidificar o sorriso,
Nem de curar os calos.
Os sapatos novos ficaram velhos e
A roupa amarelada furou na busca de uma nova vida.
As procuras sempre são cegas?
Retorno ao casulo de rochas moldado pelos erros.
Não sem marcas,
Porém, sem tristezas.
Com cicatrizes no peito e um bom aprendizado.
São assim, úteis, todas as decepções?
Os tombos que levei melhoraram meu equilíbrio,
E cá estou, na porta, sem as chaves.
Com olheiras do cansaço, frágil
Mas com uma força muito maior do que a que estava em mim quando eu fui...
Todos os sobreviventes se fortalecem?
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