Os olhos se fecham
Em uma livre queda.
Os delírios se espantam
Enquanto a noite, pesada,
Se acaba.
O ontem distante das flores,
O hoje, não obstante, ressecado.
E o amanhã, justo, quem sabe onde vai estar?
Não sonho com caudas de cometa
Nem cadeiras de balanço.
Sonho com frutos maduros e
Cheiro de terra molhada.
Nos lábios levo o sabor
De uma inquieta saudade.
Saudade do ontem,
Do hoje,
E do amanhã perdido entre soluços de dor.
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