Vejo o mundo girar fosco,
Sem direção ou sentido...
Vejo um tempo parado, agonizado,
Imperfeito.
Olho os sinos enferrujados e
Tenho a sensação de sentir o vazio
Interior dos humanos.
Ódio, rancor e violência...
Meus ouvidos fugidios não esperam,
Buscam socorro para meus olhos,
Onde o não-futuro povoa nossos descaminhos.
Em nós?
Sobrou ideologia, paixão e fé?
O que há dentro do peito, senão a maldita extensão
Dos nossos bolsos?
O que há dentro do coração, senão a pérfida
Egoísta e macabra vontade de sermos sempre
Melhor que o irmão?
E de nós?
O que daremos ao mundo em troca das belezas
Que não vemos?
Da água que nos banha e sacia?
Do alimento que nos fortalece para
Fazer padecer o próximo?
O que teremos quando morrermos, senão a frase escrita
Na pedra sepulcral?
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