Meus olhos negros anoitecem rapidamente;
A chuva dentro de mim tem mãos gris.
Um tamborim retumba no peito
Com som rouco e tonitruante.
Minh'alma estranha meu corpo.
Perde-se em eloquências e desvairios sem sentido.
Minha pele se ressente,
Há facas nos meus dentes
Que rasgam os versos fazendo-os sangrar como o inútil mênstruo feminino.
Minhas costas se curvam sob meus pesadelos,
E eu volto a ser a menina de olhos grandes,
Com medo do escuro campo abandonado.
Outrora melodiosa,
Hoje há silêncios ruidosos no meu interior cansado.
A baliza já não dança e a fanfarra não toca.
Restou apenas um eco seco neste peito-tambor-mudo.
Outrora melodiosa,
Hoje há silêncios ruidosos no meu interior cansado.
A baliza já não dança e a fanfarra não toca.
Restou apenas um eco seco neste peito-tambor-mudo.
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