Desalinho

Quando ainda há mágica,
E as roupas ainda têm o nosso cheiro,
A gente pode dissimular, sumir, tentar
Que o coração não vai se aprumar.

Quando a gente ama e mente
Que a casa não está vazia sem a gente,
A alma só encontra a poeira
Que a vida jogou sobre os nossos corpos.

Agora, me diga:
Quem vai desatar os nós que deixamos em nós?
Quem vai cantar as canções que cantamos?
Quem vai calar as nossas noites ardentes?
Quem vai catar as roupas espalhadas pela nossa memória?

O coração bate fraco...
Pergunta o que foi que aconteceu
Com os nossos pequenos laços fortes.
Ao mesmo tempo em que mostra o quanto a gente ainda se bagunça
Mesmo quando não estamos juntos no nosso gostoso desalinho...

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