De novo

A noite cai num piscar de olhos. 
As luzes passam a me iluminar.
Desnudo minh'alma e corpo em versos.

A noite cai, escura, tépida e indolente,
Ela traz dedos mornos que tocam meu peito e aquecem meu coração.
Uma aura de amor paira sobre mim e,
E com sílabas úmidas descrevo paixões.

Meus lábios se entreabrem e louvam o manto estrelado 
Que cobre minha minha pele repleta de luas e ventos.
E de repente, não mais que de repente,
O vento, com seu sonido rouco, leva meus pensamentos.

Relembro passos pelos campos e mares onde celebrei a vida.
Repasso os caminhos, desejo novos rumos, faço perguntas.
Transpasso as metas e objetivos da caminhada,
E novamente corto rotas para fechar a passagem do tempo.

Esta noite estou plena de sonhos.
Amanhã eles se desprenderão do meu pensar 
E como um sinete entre dedos, soará música para meus amores.
Espantará meus medos e enterrará os pesadelos com quietude.

Amanhã, novos versos enfeitarão minha noite,
E meu espírito sorridente se mostrará de novo, e de novo, e de novo.

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