Destino

Eu não contava com teus olhos mergulhados na minha taça,
Nem com o teu corpo encurralando meus desejos.
Me fazendo desejar só a ti,
Me derretendo por inteira com um toque inocente.

Eu não sonhava outra vida,
Senão o miserável passar de horas.
O tic-tac angustiante do relógio
Me diz que acordar significa dor,
E também o despertar dos meus sonhos.

Nunca pensei em voltar a me viver,
Em sorver o doce mel do vinho que desce pela minha garganta
E alenta os meus dias.
Acompanhas minhas noites e
Me protege das armadilhas que construo com minhas tristes poesias.

Eu não contava com a força do teu riso,
Nem com a perfeita sintonia dos nossos corpos,
Nem com os odores e os sabores.
Muito menos com a euforia do nosso gozo.

EU não acreditava em mentiras sinceras,
Até que os nossos abraços de boa noite cessaram.
E nossos beijos se transformaram em recordações.

Eu não acreditava em destino...

.... Até te encontrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não vá embora sem comentar,
Você alimenta estas letras.

A viagem mais recente

A morte em mim

 Todas as vezes que tentei morrer,  Não era a minha vida que eu queria tirar. Queria matar a morte que vive em mim. Que me despedaça, que me...