Faço mágica com a vida;
Retiro coelhos do chapéu e
Cartas da manga.
Mangas que visto, sinto e me alimento.
Bebo a vida com o encantamento
Dos domadores de serpentes.
Serpentina a alegria que transborda
Desse peito transverso e sem verso,
Do corpo que flutua como o de um trapezista.
Equilibro-me sobre pernas
De mesas, de cadeiras ou das minhas próprias.
Meus passos não são firmes,
Apenas tensos.
Alagados e cansados pelo tempo...
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