Os dias

É quando o sol nasce que minha alegria começa;
O abrir e fechar de olhos, o espreitar da manhã
Na janela;
O calor do dia se apresentando calmo, fresco, longo,
Mostrando que os dias são quem contam histórias.

São belas as tardes em que o sol se põe devagar,
Sem nuvens,
Vermelho-alaranjado.
Mas nada como o amanhecer,
É ele quem diz que a vida recomeça
E novamente os sonhos podem se realizar.

No dia

Em que eu morrer, beba a minha alegria.
Não chores, não lamentes.
Abra uma garrafa de vinho e aprecie o espoucar da rolha.
O som surdo anuncia o bom gosto,
O sabor,
O odor.

No dia da minha morte,
Beba por meus dias e horas.
Brinde minhas palavras,
Viva por mim os dias que não mais viverei.

No dia da minha morte,
Não culpes a Deus,
Nem digas "ela era tão jovem".
Celebre,
Sorria,
Bata palmas, faça barulho.

No dia da minha morte
Tome um porre de vigor, pois
Deixarei no mundo apenas o que fui:
Um ser vivendo o ciclo da Vida.

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