Mar

Suas vestes jogadas sobre a cadeira recordam-me os nossos pêlos em desalinho.
Meus cabelos por tuas mãos,
Minhas alegrias por tuas alegrias.

A camisa azul sem teu corpo chora,
Os sapatos largados são vazios,
As meias que ficaram se juntam às minhas para se aquecerem...

Procuro teus olhos no espelho e vejo um mar de lágrimas se estendendo por meus infinitos.
Tua ausência me impede de sorrir.
A falta de você me mata aos poucos...

Apenas te espero, meu bem,
Para me alegrar,
Para cessar meu choro.

Para me fazer feliz.

6 comentários:

  1. Eu me lembrei de um verso memorável do Chico: "E na desordem do armário embutido, meu paletó enlaça o teu vestido e o teu sapato ainda pisa no meu..."
    Você falou lindamente sobre o amor e a saudade que estão contidos em objetos prosaicos de nosso dia a dia.
    Carpe Diem. aproveite o dia e a vida.

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  2. Menina, estes "pêlos em desalinho" falam de paixão das boas...Que formidáveis lembranças. Abraços.

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  3. Você tem de mexer com nossas sensações.

    saio daqui extasiada!

    beijinhossss

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  4. Que lindo Taís!!
    "saudade é um pouco como fome, só mata qdo se come a presença" assim já dizia Clarice Lispector, né?!
    Bjoss linda!

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  5. veja se gosta: http://testetais.blogspot.com/

    Beijinhossss

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  6. "Tua ausência me impede de sorrir.
    A falta de você me mata aos poucos..."

    Eu poderia ter escrito isso... tão verdadeiro!

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