Como um ramo batendo-me à face,
Falou-me aquilo.
Demonstrou seu egoísmo, sua falta de amor...
Meus fleumas virginianos me fizeram discordar de todas as palavras.
No entanto, minhas tendências autoritárias não se calaram.

Como o peito em descompressão,
Perturbou-me a tua forma de me olhar.
Olhos acusadores de pecados não cometidos.

Paraísos desmanchados,
Beijos com gosto de sangue,
Veneno que me descompõe.

Mar de dores que me afligem a alma,
Solidão de uma melodia jamais composta,
Juventude desperdiçada,
Palavras ao vento.

Sou um ser de sons mudos,
De endereços trocados,
Águas em tormenta,
Rios sem embarcação.

Livro sem roteiro,
Náufraga do coração!

6 comentários:

  1. Num momento de angústia por tudo aquilo que vemos, nada como uma visita à você para que tenhamos, pelo menos um pouco de conforto. Uma ótima quinta, sexta, sábado...

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  2. Um náufrago sempre pode ser encontrado...
    "Beijos com gosto de sangue" forte isto...
    beijos e bom final de semana!

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  3. Também tenho fleumas virginianos...
    Texto intrigante, Taisinha.
    Feliz Dia do Amigo. carpe Diem. Aproveite o dia e a vida. Bom final de semana.

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  4. Teus poemas são belos, ternos e profundos. Chegam em nossa alma com a força que saem da sua, nos fazendo reviver momentos outros que pensávamos hermeticamente fechados num compartimento do qual ninguém sabia o segredo... mas basta uma leitura mais aprimorada dos teus escritos e fica-se à mercê de sentimentos e emoções trazidos na lembrança de um relacionamento que tanto significou.

    Foi bom estar aqui e partilhar dos teus momentos. Com certeza, voltarei.

    Deixo-te pétalas de perfumadas flores e um beijo no teu coração.

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  5. "Sou um ser de sons mudos". Bota sonhos neste ser para que ele voe em busca da felicidade, que em verdade está dentro dele mesmo. Beijos.

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  6. Um ser que se entrecorta em angústias.
    Um amr de palavras que me deixa mudo.

    Belíssimo.

    Beijos

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